O envelhecer é um processo natural e gradual que altera a homeostase do organismo, sofrendo impactos significativos na vida do indivíduo, levando a modificações físicas, funcionais e nutricionais. Sabemos que o estado nutricional inadequado no idoso contribui de para a incapacidade física, da morbilidade e da mortalidade, condicionando assim a sua qualidade de vida.
As alterações decorrentes do envelhecimento variam de organismo para organismo e podem sofrer influência, não só de fatores ambientais (hábitos não saudáveis, dieta inadequada, tabagismo, etilismo e/ou sedentarismo), mas também de fatores psicológicos que estão relacionados aos tipos de relacionamentos e à afetividade, além das condições de educação, saúde, personalidade, nível intelectual, capacidade mental, comprometimento da funcionalidade, sarcopenia, impactando diretamente nas atividades básicas da vida diária.
A sarcopenia caracteriza-se pela perda progressiva e generalizada da massa muscular, força e funcionalidade relacionada com a idade e pode prejudicar a qualidade de vida do adulto idoso. Embora a doença esteja intimamente relacionada ao processo de envelhecimento, devido às alterações hormonais e fisiológicas, também está associada ao sedentarismo e a práticas alimentares inadequadas.
Os fatores são múltiplos e ocorrem de maneira progressiva e generalizada no processo de envelhecimento, associados, como por exemplo, ao aumento de fraturas, quedas, incapacidade física e mortalidade. As associações apresentam relação com o estilo de vida e a alimentação, além de presença de doenças crônicas, sedentarismo e mobilidade física.
O desenvolvimento da sarcopenia no indivíduo compromete a qualidade de vida e faz com que o idoso necessite de cuidados específicos para realizar as atividades básicas do dia a dia. A sarcopenia está amplamente relacionada ao processo de envelhecimento, bem como a alterações hormonais e fisiopatológicas. Dentro desse cenário, a alimentação apresenta papel fundamental para manutenção e melhora da saúde nutricional do idoso.
Acredita-se que o aporte apropriado de proteínas, a suplementação com whey protein, vitamina D, ômega 3, leucina, HMB e creatina podem retardar consideravelmente a evolução para o quadro sarcopênico, lembrando que a suplementação se faz necessária apenas quando o idoso apresenta dificuldade em atingir o aporte nutricional ou quando existe alguma dificuldade em se alimentar corretamente.
É importante que o idoso consuma diariamente alimentos ricos em proteínas como: carnes em geral (bovina, suína, peixe, frango), ovo, leite e derivados (iogurte natural, coalhada e queijos e derivados ), soja, quinoa, tofu, grão de bico, lentilha, feijão (todos os tipos) e folhagens verdes escuras.
Por isso é fundamental que o idoso apresente uma dieta equilibrada em proteínas, carboidratos e gorduras. O atendimento das necessidades de vitaminas e minerais é essencial, pois esses nutrientes, além de atuar regulando diversas funções no organismo, agem como antioxidante e previnem o aparecimento de doenças. Exercitar-se fisicamente e seguir uma dieta equilibrada com orientação profissional são os meios mais eficazes de prevenir ou minimizar a sarcopenia.
Portanto, o nutricionista é o profissional que irá identificar o risco nutricional e estabelecer as necessidades nutricionais de cada idoso, é ele quem prescreverá a dieta e elaborará um cardápio balanceado, saboroso, respeitando os hábitos alimentares e as necessidades de cada um. E buscar auxílio de um profissional de Educação física para orientar qual melhor treino individualizado para cada indivíduo e de extrema importância, o trabalho em conjunto com esses profissionais fará toda diferença na melhora da saúde nutricional e física do idoso.
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João Marcos Aquino
Como referenciar este post?
AQUINO, João Marcos.Relação entre Sarcopenia e Nutrição do idoso. Post 614. Nutrição Atenta. 2024.