PAIVA FILHO, Luiz Geraldo de Lima; MORAES, Adriana; OLIVEIRA, Marcia Cristina; CINTRA, Patricia.
Recebido: 14 de Outubro, 2024. Aceito: 15 de Outubro, 2024. Publicado: 30 de Outubro, 2024
Trata-se de uma pesquisa de revisão de literatura baseada em estudo descritivo e observacional. O Pantanal representa a maior planície inundável do mundo e as ações humanas não impactam apenas a biodiversidade das áreas úmidas, mas também suas características funcionais. A combinação de atividades humanas impactantes e condições climáticas desfavoráveis como por exemplo a seca, está intensificando a ocorrência de incêndios, especialmente em áreas de pastagem e vegetação nativa. Nesse sentido, o mês de agosto de 2024 foi o mais surpreendente com 6 mil hectares queimados. Os tipos de coberturas mais afetados foram: a formação campestre com 24,7%, seguido de 21,1% de pastagem, além de 17,9% de formação de savana e 16,4% de formação florestal e ainda, 9,5% de campos alagados. Em 2020, pesquisadores identificaram que os incêndios no bioma pantanal afetaram pelo menos 65 milhões de animais vertebrados nativos e 4 bilhões de invertebrados. Outro dado importante é que também em 2020, a média de chuva no Pantanal foi 40% menor que nos anos anteriores e por existir essa correlação entre ocorrência de grandes incêndios e prolongados períodos de seca, essa poderia ser uma das explicações dos alarmantes números de focos de calor, sendo que todos esses focos de calor no bioma foram causados por ação humana, não havendo registro de incêndios causados por raios nesse período.
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PAIVA FILHO, Luiz Geraldo de; MORAES, Adriana; OLIVEIRA, Marcia Cristina; CINTRA, Patricia. As queimadas no Pantanal (2020 a 2024): um pouco de história e reflexão e consequências na biodiversidade e ecoturismo. NUTRIÇÃO ATENTA, ISBN 978-65-01-20829-9. V.5, Edição número 5. Ano de 2024. Pag. No. 1-18.